sábado, 10 de dezembro de 2011

#11

Com o braço esquerdo apoiado nas 2 katanas que carrego embainhadas do lado esquerdo do cinto, observo o horizonte.
Em cima desta rocha ancestral, que seculos ou talvez milenios antes de mim aqui mesmo se encontra sofrendo aos caprichos dos elementos.
Genialmente estou em cima dela, devido a poder observar a imensidão do mar, perdendo-me em pensamentos enquanto escuto não so o bater das ondas, mas tambem a agradavel melodia produzida por este objecto nas mãos de um velho sábio.
Este instrumento, Tsugaru-jamisen, um Shamisen maior e com cordas mais grossas que os seus semelhantes, produz em mim uma sensação de paz.
Sentada na rocha esta uma agradavel companhia feminina, não nos falamos, cada um perdido nos seus proprios pensamentos, sei que ela gosta do cenario, do som produzido pelo velho não sei, mas pelo sorriso na sua face talvez esteja tao perdida em pensamentos que nem seja capaz de ouvir a melodia.
Alem disso estava-mos abençoados com a quente presença que se fazia sentir por parte de um belo sol.
O velho desapareceu ao fim de alguns minutos estava a precisar de uma pausa pensei eu vendo-o a afastar-se.
Ao fim de algum tempo ouvi umas estranhas voces ao longe, voltei-me para tras  e vi 2 individuos de aspecto estranho, voltei-me para a frente pois nao era nada connosco, pelo menos nao tinham falado para nos.
No entanto estava concentrado neles, em ouvir os passos na areia para onde se moveriam e tambem para tentar apanhar algo da conversa de ambos.
O objectivo deles tornou-se claro rapidamente a medida que se aproximaram e disseram para entregar-mos o que tinhamos connosco.
Voltei-me para tras, apenas para ver que um deles estava armado com uma pistola, instintivamente coloquei-me a frente dela, nao queria que ela ficasse ferida por maior ou menor que pudesse ser.

E ali permaneci com o meu corpo a fazer de escudo frente a frente com os 2 individuos, tento apenas 2 katanas embainhadas e alguem que me é importante demais para perder e por quem sacrificaria a minha vida para que a dela pudesse continuar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

#10

O principe sentado no seu trono distribui as ordens ao lado da sua amada.
Vendo ao longe os efeitos das suas ordens.

O soldado que tudo aquilo que faz é para proteger os seus, seguir as ordens sem questionar pois os superiores é que sabem aquilo que fazem. Queria apenas poder estar lado a lado com sua amada ou pelo menos ter a certeza de que caso a viesse a conhecer nao sofreria as consequencias de partir para mais uma batalha sem saber se voltaria vivo.

Muitas noites deseja ele ter o principe e nao ter que avançar na linha da frente, muitos ferimentos ele desejava nao os ter recebido, no entanto enquanto houver vida nesse fraco corpo ele levantar-se-a e continuara na busca da sua amada, na defesa dos seus entes queridos pois ele uma coisa sabe, que luta com a força de milhares e não com a força de apenas 1.